Nos anais de nossa história conta-se que, entre os primeiros brancos que povoaram o Brasil, havia muitos judeus que vieram fugidos da inquisição da igreja romana. Eles trouxeram costumes bíblicos que se apegaram à cultura brasileira, tal como o pedir a bênção dos pais e de pessoas mais velhas. Quem não se lembra da geração passada dizendo, antes de sair, ao chegar a casa ou nos cumprimentos: “a bênção, pai, ou mãe, ou tia, ou padrinho, ou vovô? E eles respondiam: “Deus te abençoe, meu filho”! Esse é um costume bíblico herdado dos judeus, registrado em Nm 6.22-27: “Disse o Senhor a Moisés: Fala a Arão e a seus filhos, dizendo: Assim abençoareis os filhos de Israel e dir-lhes-eis: O Senhor te abençoe e te guarde. Assim, porão o meu nome sobre os filhos de Israel, e eu os abençoarei”. Esse costume lindo perdeu sua força após o movimento feminista da década de 60, vindo outra geração cujos filhos começaram a chamar os pais de “você” em vez de “senhor ou senhora”. Perdeu-se o respeito e muita coisa mais.
Há outros indícios da forte presença dos judeus na história do Brasil colonial, Brasil império e Brasil república. Aliás, Brasil antes era escrito com “z”, Brazil, e carrega no seu nome um encargo maravilhoso e uma missão enquanto nação. Esse nome se originou do “pau de ferro”, uma árvore fortíssima e pesadíssima. “Brasil” em hebraico é escrito assim: ליזרב ; e a palavra “ferro” assim: לזרב (barzel). São idênticas, tendo “Brazil” o acréscimo da pequenina letra (iod). Há uma história que traz a importância do nosso nome e nossa missão. No Brasil colônia havia um judeu que comercializava o precioso “pau-de-ferro”, ou “pau barzel”, como se dizia “ferro” em hebraico. Pau barzel tornou-se logo “pau brazil”, de onde veio o nome do nosso país. E se você fala hebraico, ao desembarcar em Israel e lhe perguntarem por sua nacionalidade, você responderá que é “Barzilai” (brasileiro).
Na Bíblia existe um personagem chamado Barzilai, um velho amigo do rei Davi e que o socorreu no deserto quando fugia da conspiração de Absalão (2Sm 17.27-29). O texto diz que Barzilai e outros amigos de Davi “tomaram camas, bacias e vasilhas de barro, trigo, cevada, farinha, grãos torrados, favas e lentilhas; também mel, coalhada, ovelhas e queijos de gado e os trouxeram a Davi e ao povo que com ele estava, para comerem, porque disseram: Este povo no deserto está faminto, cansado e sedento”. Barzilai socorreu Davi com seus bens num momento de grande necessidade.
Ser brasileiro é ser “Barzilai”. E esta é precisamente a nossa missão: ajudar Israel, ajudar as nações em seus desertos. E assim tem sido nossa história: Osvaldo Aranha presidiu a sessão da ONU que estabeleceu o nascimento do Estado de Israel. Podemos ver que o povo brasileiro foi formado por pessoas de tantas nações que fugiam das guerras, das perseguições, da morte e, aqui, encontraram ajuda, amizade, esperança. Esta foi e continua sendo a nossa missão: ser “Barzilai”.
Podemos ver uma ligação forte do Brazil com Israel nas letras do nosso nome: Brazil (grafia antiga), que se escreve em hebraico sem as vogais ( ליזרב ), seria: BRZ(I) L. Veja que nessas 4 consoantes temos as iniciais (como num acróstico) dos nomes de Israel (Jacó), e de suas 4 esposas: B (Bila), R (Raquel), Z (Zilpa), I (Israel) e L (Lia). Não é interessante carregarmos o nome de Israel conosco?
Fomos chamados por Deus para ajudar as nações e para servir aos que estão passando dificuldades. E a igreja brasileira tem feito um trabalho missionário importante e maravilhoso pelo mundo afora. O Inimigo sabe disso e quer limitar nossa força, impedir que cumpramos o nosso chamado como brasileiros (como Barzilai).
Ângela Valadão Cintra
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